quinta-feira, 26 de março de 2009

WOW !!! Scarlett Johansson e Moët & Chandon !

Estamos em crise, mas não para o mercado londrino de champanhe. Enquanto a economia inglesa chora as libras desvalorizadas e o crescente desemprego no país, um seleto grupo se esbaldou na festa de lançamento da nova campanha da Moët & Chandon.
O lugar não podia ser mais apropriado: um estiloso galpão e estúdio ao norte de Londres, cidade que ostenta o titulo de maior consumidora de champanhe do mundo.
Um encontro tão exclusivo que era quase maior o número de fotógrafos se acotovelando na entrada que o de convidados. A razão dos flashes era Scarlett Johansson, atriz americana que estrela o novo filme da marca. Scarlett chegou, sorriu (lindíssima com cabelos negros) e sumiu.
Não fez falta aos que, no clima do tema da noite “o glamour do cinema”, aceitaram as corajosas sugestões de harmonização de champanhe com pipoca, sorvete e abacaxi empanado. “O cinema é glamour, combina com champanhe”, defende Ludovic du Plessis, gerente internacional da Don Pérignon. Sim, ele tem razão, numa noite regada à champanhe, tudo combina e tudo é permitido.
Quem sabe onde estou atualmente, não possamos ter um evento desses em breve ???
Bom, se depender das talentosas Luciana, Fernanda, Kamila, Milena, Carla, Lia, Katsuko, Michely, Monica, Juliana, Maíra, Tutila, Mayumi e tantas outras belas e feras onde eu trabalho, já podemos ficar tranquilos, pois muita coisa boa e fantástica vem por aí ...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A vez dos Sauvignon Blanc do Chile ...

A nova safra 2008, de Casablanca e de San Antonio, merecem atenção e elogios pela alta qualidade.
Junto ao Oceano Pacífico, no Vale de Casablanca e de San Antonio, os rótulos chilenos da Sauvignon Blanc se estabeleceram como uma verdadeira categoria, comparável em qualidade e em quantidade somente aos estupendos Cabernet Sauvignon do Alto Maipo, perto da Cordilheira dos Andes.

Começando pelo litoral, os Sauvignon Blanc construíram uma reputação com seus aromas cítricos, sua mineralidade e principalmente porque são uma categoria numerosa na qual a qualidade é compartilhada, beirando a democracia. Vale a pena degustar a nova safra 2008: os rótulos de Casablanca e de San Antonio podem ser considerados como sinônimo de qualidade e confiabilidade.
Porém, nos últimos dois ou três anos, um novo horizonte se abriu para os Sauvignon Blanc chilenos, também na zona litorânea, ao norte, a 300 quilômetros. Mais precisamente ao norte de Santiago, no Vale de Limarí e de Elqui, onde até pouco tempo somente eram cultivadas uvas brancas destinadas à produção de pisco. Assim como em Casablanca, em Limarí e Elqui, é possível perceber a influência do mar, ainda que tanto o solo quanto o clima sejam distintos. Em Casablanca, por exemplo, chove 400 milímetros ao ano, aproximadamente, enquanto em Limarí essa incidência chega apenas a uns 100 milímetros. Além disso, a escassez de chuvas implica em céus limpos, fato esse que, combinado à influência fria do mar, provoca longas temporadas de maturação e de sanidade para o vinhedo.
No entanto, ao que parece, é o solo que determina a diferença entre os vinhos de Elqui y Limarí, em geral, e o Sauvignon Blanc em particular. Em Casablanca e San Antonio, o que predomina é a argila e o granito, solos que resultam em corpos abundantes e mineralidade pronunciada. Ao norte, por sua vez, os solos são terras aluviais, leitos de rio com traços de cal. Ainda é muito cedo para se tirar conclusões, mas pode ser que graças a essa mistura de solos e brisa marina é que os Sauvignon de Limarí e Elqui ostentem notas de sal, de mineral.
O frescor dos Sauvignon Blanc do norte não fica a desejar aos seus compatriotas do sul: sente-se uma mesma acidez severa e refrescante, muita fruta e bastante corpo, mas também notas de cal, esses aromas e sabores salinos, essas nuances de ají verde (um tipo de pimenta andina), que tanto têm chamado atenção e que, no final das contas, definem o caráter desses vinhos.
Um excelente exemplo é o Castillo de Molina de San Pedro, um vinho com aroma de ají verde e rico em sabores salinos conjugados a uma fruta cítrica raivosa. Vale a pena também provar o Tamaya, com seu Winemaker Selection, outro Sauvignon que mais parece ter sido feito com mineral do que com uvas. Interessante também é Tabalí, que buscou um estilo mais maduro, mais doce, mantendo ainda assim sua mineralidade como marca de origem.
E se falamos em mineral, em sal (temas que, na teoria, não parecem muito saborosos, mas que na prática, sim, acredite), devemos citar Maycas, o novo projeto de Concha y Toro, em Limarí. Maycas tem dois Sauvignon. O Reserva é frutado, repleto de aromas cítricos e de ají, com corpo volumoso e fresco. O Reserva Especial, por sua vez, tem aroma de cal, e em boca, essa sensação se reafirma, acompanhada de deliciosas notas cítricas.
A categoria do Sauvignon Blanc litorâneo no Chile tem sido a estrela nesse país por cinco ou seis anos. A cada temporada, percebem-se avanços em qualidade e em caráter. Assim, a chegada desses Sauvignons do norte só vem ampliar a gama de opções e dar-lhe ainda mais sabor.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Espumantes Cava da Raventós i Blanc


No final de 2008, eu tive o prazer em receber a visita do Sr. Francesc Escala, diretor de exportação da Raventós i Blanc (http://www.raventos.com/), uma das mais conceituadas produtoras de espumantes Cava da Espanha no restaurante Toro (http://www.tororestaurante.com.br/) onde trabalhei como Sommelier-Chefe/Gerente Operacional até o final de 2008.
A vinícola localiza-se em Sant Sadurní d'Anoia, município da província de Barcelona, comunidade da Catalunha, Espanha. Tivemos uma conversa muito agradável na qual, o Sr. Francesc mostrou-se muito satisfeito com a vendagem e aceitação da Raventós pelo público brasileiro. As Cavas Raventós são importadas no Brasil pela Decanter (http://www.decanter.com.br/).
Dentro delas, citaria com destaque, a Cava Raventós i Blanc Gran Reserva Brut (40% Xarel·lo, 30% Parellada , 25% Macabeo e 5% Chardonnay, graduação alcoólica de 12° GL). Nela, revelam-se retroaromas complexos de avelãs, amêndoas, brioche, mel e frutas cristalizadas. Na boca, é potente, cremosa, vibrante e com longo final tostado.
Outro produto que merece destaque, é a Cava Raventós L’Hereu de Raventós i Blanc Brut (60% Macabeo, 20% Xarel·lo e 20% Parellada, graduação alcoólica de 12° GL). Elegante e intenso, com retrogostos de frutados cítricos e de maçã. Na boca é cremosa, com excelente frescor e acidez.
As Cavas da Raventós i Blanc estão sempre bem cotadas nos meios de comunicação dos vinhos como a Wine Advocate e já ganharam prêmios no conceituadíssimo Madrid Fusión, um dos maiores eventos gastronômicos do mundo.
Como dever do meu trabalho, degustei e apreciei as Cavas Raventós i Blanc. Harmonizei as mesmas com uma tapa (aperitivo da culinária espanhola) típica da Catalunha, que foi o pan con tomate (fatias de pão com tomate fresco ralado e temperados com alho e azeite de oliva extra-virgem).
Uma harmonização simples, clássica e … inesquecível !
Recomendo a todos e a quem tiver o prazer de degustar as Cavas da Raventós i Blanc … BUEN PROVECHO !

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Rótulos matadores: Conheça os dez rótulos campeões de 2008 do ranking Top 100 da revista Prazeres da Mesa

1º lugar: Catena Zapata Malbec Argentino 2004 Mendoza, Argentina
Este tinto campeão de Nicolás Catena, pioneiro na revolução dos vinhos argentinos modernos, apresenta cor rubi-violáceo intensa, com aromas de frutas vermelhas maduras na medida certa, notas de especiarias, couro, tabaco. Complexo também na boca, tem ótimo corpo, equilibrado, ainda jovem, longo e com taninos muito macios e 14% de álcool. Importado pela Mistral.

2º lugar: Aalto PS 2004 Ribera del Duero, Espanha
O enólogo Mariano Garcia ganhou fama por elaborar, por 30 anos, o mítico Vega Sicilia. Hoje, ele é sócio da vinícola Aalto, que tem no PS seu vinho premium e cheio de predicados e por pouco não levou o primeiro lugar. Elaborado com clones originais do Tinto Fino de vinhas velhas (idade ao redor de 60 anos), colhidos manualmente em pequenas caixas, o Aalto PS é fermentado e passa 18 meses em barricas novas de carvalho francês. De imensa concentração de cor, de aromas e de álcool (tem 14,8%), é exuberante e elegante ao mesmo tempo, complexo e longo na boca. Importado pela Península.

3º lugar: Barbaresco DOCG 2003 Gaja Piemonte, Itália
Angelo Gaja é o rei do Barbaresco, pela destreza em transformar a cepa Nebbiolo num vinho que fascina pela ampla gama de aromas e sabores, sempre elegantes, ricos e complexos. As uvas vêm de 14 vinhedos na comuna de Barbaresco, que são fermentadas em tanques de aço inox e depois envelhecem por 12 meses em pequenos barris de carvalho francês e mais um ano em grandes cascos de carvalho. Importado pela Mistral.

4º lugar: La Court Barbera D’Asti Superiore Nizza 2004 Piemonte, Itália
O italiano Michele Chiarlo é um dos pioneiros em elaborar um vinho com a uva Barbera com passagem em barricas de carvalho, o hoje conhecido Barbera barricado. Esse vinho nasce de um vinhedo especial, o La Court, de vinhas mais velhas, na cidade de Nizza de Monferrato, e mostra que a Barbera pode ser, sim, uma uva elegante e longeva. Importado pela Zahil.

5º lugar: Barca Velha 1999 Casa Ferreirinha Douro, Portugal
O primeiro vinho seco do Douro, região conhecida pelos fortificados Porto, é também um dos melhores tintos da região e tem sua história ligada à dona Antonia Adelaide Ferreira. Elaborado apenas em anos excepcionais, suas castas principais são a Touriga Nacional, a Touriga Franca e a Tinta Roriz. Passa 18 meses em barrica e chega ao mercado pelo menos cinco anos depois de engarrafado, quando seus enólogos decidem se ele tem a complexidade para ser um Barca Velha ou se será um Reserva Ferreirinha. Importado pela Zahil.

6º lugar: Vosne Romanée Leroy 2004 Borgonha, França
Lalou Bize-Leroy é uma personalidade na Borgonha, com tintos e brancos cheios de caráter. Defensora implacável da viticultura biodinâmica, ela tem em Vosne Romanée um de seus melhores vinhedos, classificados como Grand Cru. Em taça, o vinho traduz toda a elegância e complexidade dos bons Borgonha. E pede tempo em adega, antes de se abrir a garrafa. Importado pela Zahil.

7º lugar: Quinta Sardonia 2002 Ribera del Duero, Espanha
O novo tinto do enólogo dinamarquês Peter Sisseck, que elegeu o terroir espanhol para elaborar seus vinhos. São 17 hectares de vinhedos, plantados em 1999, que mostram a habilidade em criar tintos complexos, mesmo com vinhas jovens. É um corte de 36% de Tinto Fino, 30% de Cabernet Sauvignon, 20% de Merlot, 5% de Syrah, 5% de Cabernet Franc, 3% de Malbec, e 1% de Petit Verdot. Importado pela Grand Cru.

8º lugar: Flor de Pingus 2004 Ribera del Duero, Espanha
Peter Sisseck ganhou fama ao lançar o Domínio de Pingus, com primeira safra em 1995 e já considerado um ícone espanhol. Na bodega, ele também faz o Flor de Pingus, seu segundo rótulo. Elaborado apenas com a uva Tinto Fino, dos vinhedos de La Horra e Valbuena. Importado pela Grand Cru.

9º lugar: Quinta do Crasto Maria Tereza 2003 Douro, Portugal
De um vinhedo de 80 anos de solo xistoso, plantado quando Maria Tereza era pequenina, nascem as uvas que dão origem a esse tinto, apenas em anos excepcionais. Feito com pisa num lagar tradicional e depois fermentado em cubas, o vinho faz a fermentação malolática e envelhece em barricas novas de carvalho francês. Muito concentrado, mescla elegância e potência, com seus taninos macios e persistentes. Importado pela Qualimpor.

10º lugar: Don Melchor 2003 Maipo, Chile
O vinho premium da vinícola chilena Concha Y Toro nasce em 114 hectares plantados em Puente Alto, com vinhas de Cabernet Sauvignon (majoritária) e Cabernet Franc. Elaborado pelo enólogo Enrique Tirado e recheado de cuidados tanto nos vinhedos como na elaboração, esse tinto fermenta em pequenos tanques de aço inox e envelhece em barricas de carvalho francesas antes de chegar ao mercado. Importado pela Expand.